União das Freguesias de Matosinhos e Leça de Palmeira União das Freguesias de Matosinhos e Leça de Palmeira

História

Matosinhos

MATOSINHOS

Matosinhos, juntamente com Leça da Palmeira, integra a cidade com o mesmo nome. Esta nova unidade orgânica e administrativa, União das Freguesias de Matosinhos e Leça da Palmeira, foi criada através da Lei da Reorganização Administrativa (Lei 22/2012, de 30 de maio) e agregou Matosinhos e Leça da Palmeira, as duas freguesias autónomas extintas que, em conjunto, formam a cidade de Matosinhos. Geograficamente, localiza-se no centro do concelho de Matosinhos, fazendo fronteira com Perafita a norte, Santa Cruz do Bispo a noroeste, Guifões e Senhora da Hora a sudeste, a Foz do Douro (concelho do Porto) a sul e o oceano Atlântico a oeste.

 Com um total de 11,28 Km2 e 49 486 habitantes, inserida na NUT 3 – Área Metropolitana do Porto –, a freguesia de Matosinhos e Leça da Palmeira estende-se ao longo de 11 quilómetros de costa. A cidade de Matosinhos está geminada, na Europa com Mérignac (França) e Vilagarcía de Arousa (Espanha); na América do Sul com Congonhas (Brasil); em África com Angolares (São Tomé e Príncipe), Mansôa (Guiné-Bissau), Nacala (Moçambique) e São Filipe (Cabo Verde).

«A História e o Património do concelho de Matosinhos não são feitos, apenas, de monumentos emblemáticos como a Igreja do Bom Jesus de Matosinhos, o Mosteiro de Leça do Balio ou os Tanques Romanos da Praia de Angeiras. A preservação integral da memória coletiva desta comunidade passa, também, pela salvaguarda de uma miríade de outros vestígios patrimoniais e de outras memórias.» Fernando Rocha, Vereador da Cultura da Câmara Municipal de Matosinhos.

Do ponto de vista geomorfológico, e no entender de Nery Delgado e Paul Choffat, na Carta Geológica de Portugal (1889), este território matosinhense repousa, ao nível estratigráfico do subsolo, sobre um extenso maciço granítico que, desde as serras de Valongo e Gondomar (Pias e Santa Justa), se estende até à orla do oceano Atlântico, para norte e sul do rio Douro. A rede hidrográfica contribui para a fertilidade das terras e para este Douro Litoral de características minhotas, tal como o rio Leça contribuiu largamente para atrair o povoamento humano que se afasta do centro do Porto mas, ao mesmo tempo, dele continua perto.

Matosinhos, Terra de Horizonte e Mar, comporta uma vocação marítima sinónima da sua localização privilegiada junto ao oceano Atlântico, desde logo a começar pelos extensos areais – onde, segundo a lenda, surgiu a imagem do Bom Jesus de Matosinhos –, que se traduz no espírito das suas gentes ligadas ao mar. Com grande desenvolvimento industrial, Matosinhos tem procurado, ao longo dos tempos, manter as suas tradições populares e a sua génese. Exemplo dessa preservação são as Festas do Senhor de Matosinhos e a recriação histórica da Lenda do Cayo Carpo, dois momentos que aludem à origem do antigo concelho de Bouças, de Matosinhos desde o século XIX.

Terra recente para os padrões portugueses sendo, portanto, influenciada – em larga medida – pela cidade do Porto. Incorpora tradições piscatórias do litoral norte, em específico da comunidade piscatória da Póvoa de Varzim e Vila do Conde, mas também uma componente rural das terras da Maia. Fortemente industrializada, Matosinhos tem vindo a dedicar-se ao setor terciário, mantendo, no entanto, as petrolíferas como principal indústria. As indústrias de relevo são a petroquímica, as indústrias alimentares e conserveiras, não se olvidando, claro, o papel da atividade piscatória.

 


A vila de Matosinhos foi criada em 1853, constituída pela freguesia do mesmo nome e pela freguesia de Leça da Palmeira, que passou a sede do concelho em substituição de Bouças. Em 1867 foi criado o concelho de Matosinhos mas a vigência deste topónimo só durou vinte dias, voltando a designar-se Bouças. Posteriormente, a 6 de maio de 1909, foi criado o concelho de Matosinhos, tal como existe na atualidade, tendo Matosinhos sido elevada a cidade a 28 de maio de 1984.

A construção do porto marítimo de Leixões implicou grandes alterações morfológicas e funcionais no concelho, e, ao mesmo tempo, impulsionou o seu desenvolvimento económico, favorecendo a implantação industrial. O mar serviu não só de suporte para o transporte marítimo e de fonte de recursos piscícolas, mas também fez de Matosinhos uma estância balnear que atingiu o seu auge durante o século XIX.

A sua população jovem confere um considerável dinamismo económico ao concelho que encontra no setor secundário um pilar da sua economia. O setor terciário ocupa, também, uma larga percentagem da população ativa. A pesca, com forte tradição no concelho, completa, juntamente com uma prática agrícola de cada vez menor significado, o quadro económico do concelho.

A rede escolar de Matosinhos é composta por dois agrupamentos de escolas e duas escolas secundárias da rede pública (Agrupamento de Escolas de Matosinhos, Agrupamento de Escolas Professor Óscar Lopes, Escola Secundária Augusto Gomes e Escola Secundária João Gonçalves Zarco), além de estabelecimentos de ensino particular direcionados para o ensino profissional.

 



Leça de Palmeira

LEÇA DA PALMEIRA

Leça da Palmeira – cujo nome derivará do topónimo Lettia, uma villa romana localizada nas margens do rio Leça – terá sido assim denominada por, em tempos, ter constituído o local onde os palmeiros, peregrinos oriundos da Terra Santa, desembarcavam para ali pernoitarem. A primeira referência histórica a esta localidade remonta a 1081 como Villa Fosse de Leza e sabe-se que, no início do século XIII, existia já, na sua paróquia, uma importante igreja cujo padroeiro era S. Miguel – daí algumas derivações do nome, como, por exemplo, São Miguel de Leça da Palmeira; São Miguel da Palmeira; e São Miguel de Bouças.

Tradicionalmente ligada à pesca, esta freguesia sempre foi conhecida pelas suas praias – das quais se destacam as da Boa Nova, de Fuzelhas e do Aterro – e pela gastronomia, sendo considerada um “autêntico paraíso” para os apreciadores de peixe e marisco.

Como equipamentos de maior importância comercial e industrial, realçam-se o Porto de Leixões; a EXPONOR – Feira Internacional do Porto; e o Complexo Industrial da refinaria do Porto (PETROGAL).

Salientam-se, de entre outros monumentos e edifícios do seu património turístico e cultural, a Casa de Chá da Boa Nova, da autoria de Siza Vieira; a Capela da Boa Nova, fundada pelos franciscanos como ermida de São Clemente de Penhas; a Capela do Corpo Santo, erigida com o propósito de sinalizar a costa a fim de serem evitados os naufrágios; o Farol da Boa Nova, o segundo mais alto da costa portuguesa; o Forte de Nossa Senhora das Neves, construído com o objetivo de defender a povoação dos ataques castelhanos e turcos; a Casa de Santiago, que inclui um museu; a Quinta da Conceição, datada do século XVII, que inspirou muitos poetas e pintores; e a Piscina das Marés, também arquitetada por Siza Vieira, que se encontra nos rochedos da praia de Leça.


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