# | Trilho | Descrição |
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Monumento ao Senhor do Padrão | Datado do século XVIII e conhecido também por “Senhor do Espinheiro” ou “Senhor da Areia”, este monumento assinala o local onde, segundo a lenda, apareceu a imagem do Bom Jesus de Bouças, mais tarde conhecida por Senhor de Matosinhos. Monumento de fortíssimo impacto visual, até inícios do século XX, este zimbório encontrava-se isolado no meio do areal da “Praia do Espinheiro”, sendo visível a muitos quilómetros de distância quer do lado da terra, quer do lado do mar. Não obstante, o “Senhor do Padrão” ter perdido na sequência do desenvolvimento dos últimos 100 anos, muito do seu impacto visual, continua a ser uma importante referência para a cidade e para a comunidade piscatória. | |
Monumento Tragédia do Mar | A escultura é da autoria de José Brito e foi inaugurada em 2005, a 1 de Maio, dia do Pescador. Inspirado numa das telas de Augusto Gomes, o monumento presta Homenagem aos mortos do naufrágio de 1947, que ceifou a vida de 152 homens do mar, deixou viúvas 71 mulheres e órfãos 152 crianças. Embora os barcos ou outros elementos ligados à pesca estejam ausentes do monumento, adivinha-se pela angústia visível nos rostos das mulheres que clamam para que os maridos e pais regressem com vida a terra. | |
Anémona | Da autoria da escultora americana Janet Echelman, a escultura é inspirada nas tradições piscatórias de Matosinhos e a própria rede foi criada nas mesmas fábricas onde ganham forma os instrumentos de trabalho dos pescadores locais. A rede tem uma altura que não ultrapassa os 25 metros e o mastro que a sustenta, com cerca de 40 metros de altura, é visível, em dias normais, a uma distância de 1 km a partir dos três pontos cardeais com acesso terrestre | |
Rua Brito Capelo | A rua Brito Capelo é um mito na cidade de Matosinhos. Considerada, durante muitos anos, o centro comercial da cidade. Situada na Quadra Marítima e atravessada pelo Metro, esta rua pedonal carateriza-se pela concentração de lojas de comércio tradicional e empresas criativas em expansão. Datada de finais do séc. XIX | |
Mercado Municipal de Matosinhos | Classificado como imóvel de interesse público, o Mercado Municipal de Matosinhos mantém a sua função original, estando aberto desde a primeira metade do século XX. Acima de tudo, consegue aliar a tradição dos antigos mercados, onde os visitantes enchem os olhos com a variedade das iguarias e das bancas multicolores, à beleza arquitectónica do espaço | |
Igreja Matriz do Bom Jesus de Matosinhos | No séc. XVI iniciou-se a construção deste notável imóvel de traça renascentista, que tem sido objeto de inúmeras alterações até à atualidade. São de admirar as duas torres sineiras, o frontão quebrado, a porta principal decorado com um medalhão, no qual se insere uma concha de vieira e os dois nichos laterais que contêm as estátuas de S. Pedro e S. Paulo. No espaço interior, dividido em três naves, destaca-se o imponente altar-mor de talha dourada, que integra na parte central um nicho com imagem de Cristo crucificado, atribuída aos séc. XII / XIII. Trata-se de uma escultura em madeira oca, com cerca de dois metros de altura e extremamente curiosa, dada a assimetria simbólica do olhar, já que o olho esquerdo se dirige para o Céu e o direito para a Terra, numa clara simbiose entre Deus e o Homem | |
Jardim Basílio Teles | Constituído pelo Jardim Basílio Teles e pela envolvente da Câmara Municipal de Matosinhos, o espaço acolhe diversos equipamentos públicos como a Biblioteca Municipal Florbela Espanca e a Galeria Municipal. O espaço público arborizado em pleno centro da cidade de Matosinhos é atravessado por vários caminhos e possui diversas zonas de estadia. | |
Casa do Ribeirinho | Construída ao longo dos séculos XVIII, XIX e XX, a Casa do Ribeirinho é um dos espaços mais antigos da cidade de Matosinhos, tendo sido habitada por figuras emblemáticas da história, entre elas António Bernardo de Brito e Cunha, um dos “mártires da liberdade”, imortalizado na estátua de D. Pedro IV, no Porto. Possuindo diversos espaços interiores - Sala Inglesa, Sala Império, Sala de Jantar e Salão. A Casa do Ribeirinho integra também uma Capela Oitocentista e dois jardins, um mais afrancesado com buchos e outro de características românticas, com espécies exóticas, incluindo duas palmeiras centenárias | |
Casa Museu Quinta de Santiago | A Casa de Santiago foi mandada construir por João Santiago de Carvalho e Sousa, para sua residência na última década do século XIX. Era então designada por “Quinta de Villa Franca”, numa alusão ao local onde se encontrava. O autor do projeto foi Nicola Bigaglia, veneziano radicado em Portugal desde a década de 1880. A casa adota um estilo arquitetónico eclético e revivalista, ao gosto da época, integrando elementos neo-medievais num tom genérico renascentista que caracterizará as suas obras posteriores . A variedade de elementos estruturais e decorativos, a sua expressividade e o seu simbolismo, fazem desta casa um elemento interessantíssimo de estudo. A casa foi adquirida pela Câmara Municipal de Matosinhos em 1968, tendo a sua recuperação e adaptação a museu sido dirigida pelo arquiteto Fernando Távora | |
Quinta da Conceição | Inicialmente denominada de Quinta da Granja, foi a casa dos frades Franciscanos que ali se instalaram, fundando um convento dedicado a Nossa Sr.ª da Conceição. Em 1837, após a extinção das ordens religiosas, o Convento foi vendido a Manuel Guimarães em hasta pública por seis contos. Mais tarde, em 1956, foi adquirida pelo Estado e requalificada pela Câmara Municipal de Matosinhos, que a transformou em Parque Público. O arranjo do Espaço foi projetado pelo arquiteto Fernando Távora, que incluiu belos jardins e preservou alguns dos elementos do antigo Convento, designadamente a Capela de S. Francisco, o Claustro, o Pórtico Manuelino e diversas fontes e Imagens. Mais recentemente, foi construída uma piscina, projetada por Siza Vieira. | |
Forte Nossa Senhora das Neves | Construído ente 1651 e 1655, pouco depois da Restauração da Independência, com o objetivo de assegurar uma melhor defesa militar costeira este projecto é de Frei João Turriano, engenheiro – mor do reino. O forte possui uma planta de estrela de 4 pontas, protegidas por colinas inclinadas e guaritas salientes. A entrada, faz-se por uma ponte levadiça e a construção é ladeada por um amplo fosso seco. Esta obra, deixou de ter funções militares nos finais do séc. XIX e em 1961 foi classificada como imóvel de interesse Público. Hoje é a sede da Capitania do Porto de Leixões | |
Titã | Tal como o antigo porto de Rodes, que possuía à entrada uma gigantesca estátua em bronze de Apolo (uma das famosas e desaparecidas Sete Maravilhas do Mundo Antigo), também Matosinhos e o seu porto de Leixões possuíam os seus “colossos”. Metálicos. Dois. Um em cada molhe. Únicos no mundo, os “titans” são monumentais guindastes que documentam de forma privilegiada a época da arquitectura e engenharia do ferro e da energia a vapor. Irmãos próximos de outros famosos monumentos metálicos de grandes dimensões do final de oitocentos, como a torre Eiffel (1889) ou, entre nós, as pontes Maria Pia (1877) e Luís I (1888) ou o mercado Ferreira Borges (1885), os titans foram fulcrais na edificação do porto de Leixões – a maior obra de engenharia realizada em Portugal no século XIX. Afinal, foi graças à sua força e à sua avançada decidida sobre o mar que os molhes portuários foram construídos no término desse século. Depois de séculos de projectos, indefinições, sonhos, entraves e utopias, e decididamente impulsionado pela trágico naufrágio do vapor “Porto” na barra do Douro em 1852, foi, por fim, a 13 de julho de 1884, que se iniciou a construção do porto artificial de Leixões – uma alternativa, que há séculos se impunha, à crescente perigosidade da barra do grande rio e às enormes dificuldades que as embarcações tinham para aportar nos cais do Porto e Gaia: o estuário do Douro era há muito um cemitério de barcos e de homens. Mas o projecto não era fácil. O novo porto seria uma obra titânica! Baptizado com o nome dos rochedos sobre os quais assentou parte significativa dos molhes, Leixões foi projetado pelo Eng. Afonso Nogueira Soares e construído pela empresa francesa “Dauderni et Duparchy” que havia vencido o concurso internacional (foi a única a concorrer), com um valor de adjudicação traduzido na, para a época, fabulosa quantia de 4 milhões e 489 mil réis. Nomeado pelo dono da obra – o Estado português – o autor do projecto supervisionou durante os anos seguintes a empreitada e, não obstante a complexidade de que se revestiu a edificação desta estrutura portuária, os prazos foram cumpridos: após a entrega provisória em 1892, a definitiva deu-se em 1895. Na base do sucesso destas obras encontram-se vários factores. Dois deles, no entanto, são incontornáveis: a dupla dos gigantescos guindastes movidos a vapor – os titans – que, bloco após bloco, foram erigindo sobre o fundo marinho e rochoso os molhes que definiram o porto. | |
Piscina das Marés | É outra das obras de Siza Vieira de grande destaque. A Piscina das Marés, construída entre 1961 e 1966, está implantada sob a praia de Leça da Palmeira, aberta para o mar, quase escondida por entre os rochedos e paisagem que a envolve. No Verão, é um ponto de atração para inúmeras famílias que ali procuram relaxar e admirar o harmonioso resultado que o arquiteto conseguiu criar, conjugando o betão, cobre e madeira. À semelhança da Casa de Chá, a Piscina das marés é também classificada como Monumento Nacional | |
Farol de Leça da Palmeira | Património do Estado, o farol da Boa Nova, o Ex-Libris de Leça da Palmeira, encontra-se atualmente sob alçada da Marinha Portuguesa. Projetado pelo Eng. Joaquim Peres, o farol entrou em funcionamento a 20 de Fevereiro de 1927. Com cerca de 40 metros de altura, este farol é o segundo mais alto da costa Portuguesa. Possui 213 degraus e tem um alcance de luz de 28 milhas náuticas (52 quilómetros). Construída em betão, a torre do farol é caracterizada pela sua circularidade, a terceira maior do País. Nas suas instalações funcionou até 1962 a Escola de Formação de Faroleiro | |
Casa de Chá da Boa Nova | Construída nas proximidades do Farol da Boa Nova, a Casa de Chá é uma das primeiras e mais marcantes obras do Arquiteto Álvaro Siza Vieira. Admiravelmente integrada na paisagem e na estrutura rochosa, destaca-se nesta construção classificada Monumento Nacional , o Salão de Jantar que se abre sobre as rochas através de sumptuosas janelas em vidro. Dali se podem avistar a inscrição de versos de António Nobre, bem como a Capela da Boa Nova. Atualmente, e após profundas obras de requalificação, a Casa de Chá da Boa Nova encontra-se reconvertida num revitalizado espaço de Restauração, sob a liderança do conhecido “Chef” Rui Paula | |
Capela da Boa Nova | À semelhança da Quinta da Conceição, também a Capela da Boa Nova, foi fundada pela ordem Franciscana, que aí se instalou em 1392. Ao longo dos tempos, sofreu sucessivas restruturações e hoje, é o único testemunho que resta do Convento de S. Clemente das Penhas. Templo de uma só nave, tem como elementos distintos a rosácea da porta Principal e o altar-mor, onde podem ser admiradas as imagens de S. Clemente das Penhas e de S. João Batista, ambos ainda venerados naquele lugar | |
"As Musas" - Monumento a António Nobre | "As Musas" - Monumento a António Nobre | |
Igreja Matriz de Leça da Palmeira | Construída no centro da freguesia no séc. XVII, a Igreja de Leça da Palmeira teve a sua última renovação em 1873, pela mão de João Pinto de Araújo. Composta por um frontispício de linhas equilibradas, um frontão triangular no centro e duas torres sineiras. Entre os altares, de estilo Barroco Joanino e Rocaille, destaca-se o Altar-Mor e a Capela do Senhor dos Passos, em Talha Dourada. . Admiráveis são também as imagens de S. Miguel, o “Padroeiro” e de Nossa Senhora da Conceição, esculpida em Pedra Ançã pelo Mestre Diogo Pires. Esta última, trata-se de uma representação da Virgem Maria, segurando o Menino Jesus no colo. A peça, datada de 1483, foi oferecida pelo Rei D. Afonso V ao Convento Franciscano de Santa Maria da Conceição. Após a extinção das ordens religiosas, a imagem foi transferida para a Igreja de Leça da Palmeira, em 1852, onde ainda permanece | |
Capela de Sant´Ana | Situada ao lado da Igreja Matriz, a Capela de Sant´Ana foi edificada no séc. XVIII e reconstruída entre 1762 e 1768, a mando do Reverendo José dos Santos. A capela - mor possui um retábulo em talha dourada com uma imagem da Santa Ana, ao centro. Quando Leça da Palmeira foi atingida pela cólera, em 1855, este templo foi utilizado como Hospital de emergência para prestar assistência aos doentes. Ainda hoje, existe na capela uma “Cadeira de Partos”, ali usada durante vários anos. | |
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